ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 10-4-2003.

 


Aos dez dias do mês de abril de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste e Renato Guimarães. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, Marcelo Danéris, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Décima Sétima Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Informações nº 063/03 (Processo nº 1692/03); pelo Vereador Cássia Carpes, 04 Pedidos de Providências; pelo Vereador Elias Vidal, 03 Pedidos de Providências; pelo Vereador Isaac Ainhorn, o Projeto de Lei do Legislativo nº 039/03 (Processo nº 1451/03); pelo Vereador João Bosco Vaz, 03 Pedidos de Providências e os Projetos de Lei do Legislativo nºs 047, 048, 049 e 050/03 (Processos nºs 1574, 1575, 1576 e 1577/03, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, 01 Pedido de Providências; pela Vereadora Maria Celeste, o Projeto de Lei do Legislativo nº 056/03 (Processo nº 1680/03). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nºs 075, 180, 181, 182 e 183/03, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. A seguir, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Nereu D’Avila, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o período de GRANDE EXPEDIENTE, hoje destinado a homenagear o transcurso do décimo quinto aniversário do Programa Palavra de Mulher, nos termos do Requerimento nº 011/03 (Processo nº 0451/03), de autoria do Vereador Nereu D’Avila. Compuseram a Mesa: o Vereador João Antonio Dib, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; a Senhora Marley Soares, apresentadora do Programa Palavra de Mulher; o jornalista Glei Soares; a Senhora Helena Ribeiro, Diretora da TV Guaíba; a Vereadora Maria Celeste, 1ª Secretária deste Legislativo. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Nereu D’Avila pronunciou-se acerca dos quinze anos do programa Palavra de Mulher, enaltecendo o histórico de atividades profissionais desenvolvidas pela Senhora Marley Soares, apresentadora desse programa. Também, enfatizou a crescente participação das mulheres nos diversos setores da sociedade e considerou ser o Programa Palavra de Mulher um espaço voltado à utilidade pública. O Vereador Cláudio Sebenelo manifestou-se sobre o décimo quinto aniversário do programa Palavra de Mulher, da TV Guaíba, afirmando ser positiva a influência exercida por esse programa junto aos seus telespectadores. Relativamente ao assunto, destacou o valor artístico e a criatividade encontrados na referida produção televisionada e refletiu sobre os efeitos da transmissão de imagens na agilização do sistema de comunicação. O Vereador Pedro Américo Leal reportou-se ao transcurso dos quinze anos do programa Palavra de Mulher, enfocando a maneira com que as mulheres dedicam-se às lides profissionais e exaltando as características inerentes à mão-de-obra feminina. Ainda, sugeriu à Senhora Marley Soares sejam abordados no Programa Palavra de Mulher aspectos relativos à utilização de cavalos em serviço e os cuidados necessários ao bem estar desses animais. O Vereador Wilton Araújo referiu-se ao décimo quinto aniversário do programa Palavra de Mulher, congratulando a TV Guaíba pelo conteúdo de sua programação e mencionando ser essa emissora a única a manter repórter designado exclusivamente à cobertura jornalística dos trabalhos deste Legislativo. Também, teceu críticas à apresentação, pelos meios de comunicação de massa, de programação desqualificada e de temática discutível. O Vereador Zé Valdir discursou sobre os quinze anos do programa Palavra de Mulher, apontando como atributos desse programa a simplicidade de seu formato, a seriedade dos temas tratados e a abordagem de assuntos locais. Ainda, lembrou que a atuação profissional da Senhora Marley Soares se dá em um segmento da comunicação predominantemente ocupado por homens e procedeu à leitura de poesia alusiva ao Dia Internacional da Mulher, de autoria de Sua Excelência. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Haroldo de Souza, parabenizando o Vereador Nereu D’Avila pela iniciativa da homenagem ao Programa Palavra de Mulher, o qual completa seu décimo quinto ano de existência, destacou a credibilidade e confiança transmitidos pela Senhora Marley Soares, apresentadora e produtora do referido programa, bem como da TV Guaíba. Nesse sentido, propugnou por longa e profícua existência a esse programa. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e das professoras Alda Lima, Leonor Ferreira e Magda Hackmann, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Edgar Luiz Schneider, informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial da Casa junto a escolas e entidades de Porto Alegre e Região Metropolitana. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Margarete Moraes, enfocando a relevância do trabalho social que vem sendo realizado pela Senhora Marley Soares, através da apresentação e produção do Programa Palavra de Mulher, ressaltou como características marcantes, além da diversificada gama de temas veiculados, a confiança, a legitimidade e utilidade pública das informações fornecidas e transmitidas pela Senhora Marley Soares. O Vereador Elói Guimarães, dissertando acerca da aceitação do Programa Palavra de Mulher pelos espectadores, a qual é atestada, segundo Sua Excelência, pelos índices de audiência alcançados, salientou o talento, brilho e empatia que distinguem a Senhora Marley Soares na apresentação, produção e direção desse programa. Ainda, enfatizou o espectro abrangente e diversificado das pautas enfocadas nesse programa de televisão. O Vereador Carlos Alberto Garcia, enaltecendo a iniciativa do Vereador Nereu D’Avila pelo registro do décimo quinto aniversário do Programa Palavra de Mulher, chamou atenção quanto à versatilidade das temáticas apresentadas e à qualidade da audiência recebida. Também, congratulou a Senhora Marley Soares pela competência e responsabilidade que caracteriza Sua Senhoria e equipe na condução e produção desse programa. O Vereador Carlos Pestana, felicitando o Vereador Nereu D’Avila pela proposição da presente homenagem, expressou sua admiração e respeito ao talento e competência da Senhora Marley Soares na produção e apresentação do Programa Palavra de Mulher. Ainda, analisando os níveis de audiência consolidados por essa produção, rememorou a tradição da Empresa Jornalística Caldas Júnior que, através da TV Guaíba, o veicula. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Marley Soares que, em nome do Programa Palavra de Mulher, agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo aos quinze anos de existência desse programa. Às quinze horas e cinqüenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e dez minutos, constatada a existência de quórum. Após, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Cassiá Carpes, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Na ocasião, o Vereador Aldacir Oliboni manifestou-se, comunicando o início, a partir do dia doze de abril do corrente, da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion, examinando os motivos que determinaram o confronto armado entre os Estados Unidos da América e o Iraque, questionou os interesses econômicos do primeiro e as conseqüências da guerra para o povo iraquiano. Nesse contexto, considerou que os governantes, ao encetarem os ataques bélicos que causaram destruição em massa, desconsideraram o elementar direito humano à vida. O Vereador Ervino Besson discorreu o Projeto de Lei do Legislativo nº 141/90, de autoria de Sua Excelência, o qual tornou-se a Lei Municipal nº 7.075/90, que versa sobre o reaproveitamento de medicamentos parcialmente usados e ainda em condições de serem ministrados. Também, propugnou pela adoção de medidas públicas que diminuam o desperdício de produtos hortifrutigranjeiros, notadamente nos centros de comercialização desses produtos. O Vereador Wilton Araújo teceu considerações sobre obra pública em execução na esquina das Ruas Caldre Fião e Tijuca, denunciando a inexistência de placa indicativa da finalidade da referida obra, a qual, segundo Sua Excelência, se constituirá em um abrigo da Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC - para menores carentes de até quatorze anos de idade. Nesse sentido, declarou que a população local, quando consultada, solicitou a construção de uma creche na referida área. O Vereador Beto Moesch criticou o Executivo Municipal pelas políticas ambientais atualmente implementadas, especialmente no que tange ao corte e poda de árvores nos limites do Município, afirmando que a legislação atinente a essas práticas não está sendo respeitada. Também, referiu-se à tentativa de corte de árvore situada na Avenida Guaíba, mencionando que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SMAM, quando acionada, demorou para fiscalizar a concretização do ato. O Vereador Elias Vidal defendeu as disposições do Projeto de Lei do Legislativo nº 036/03, de autoria de Sua Excelência, que determina a colocação de cerca no Parque Farroupilha, manifestando-se sobre proposta semelhante apresentada no passado pelo Vereador Nereu D'Avila. Nesse sentido, relatou diversas manifestações de apoio recebidas por Sua Excelência pela apresentação desse Projeto e apresentou argumentos que dão sustentação ao cercamento desse Parque. O Vereador Renato Guimarães contraditou pronunciamentos efetuados durante a presente Sessão, defendendo a atuação do Partido dos Trabalhadores à frente da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Ainda, reportou-se à construção de um abrigo da Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC - para menores carentes de até quatorze anos de idade e comentou aspectos alusivos à atuação do Senhor Germano Rigotto, Governador do Estado do Rio Grande do Sul. Na ocasião, os Vereadores Dr. Goulart e Marcelo Danéris manifestaram-se sobre as tratativas que vêm sendo estabelecidas entre o Executivo Municipal e os médicos que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde - SUS, no intuito de encerrar a greve deflagrada por essa categoria profissional. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Reginaldo Pujol teceu considerações sobre a greve deflagrada pelos médicos, odontólogos e servidores do Sistema Único de Saúde - SUS - que prestam serviços em Porto Alegre. Também, comentou respostas enviadas pelo Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre e constantes no Expediente da presente Sessão, aos Pedidos de Informações nºs 007 e 014/03 (Processos nºs 0317 e 0611/03, respectivamente), de autoria de Sua Excelência. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Cezar Alvarez, Subsecretário-Geral da Presidência da República. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Cassiá Carpes, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 212/02, considerando-se mantido o Veto Total a ele aposto, por dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir e optado pela Abstenção o Vereador Ervino Besson. Na ocasião, o Vereador João Bosco Vaz manifestou-se acerca da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 212/02. Às dezessete horas e três minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador João Antonio Dib e secretariados pela Vereadora Maria Celeste. Do que eu, Maria Celeste, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Há quórum para o início dos trabalhos.

 

O SR. NEREU D’AVILA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro a inversão na ordem dos trabalhos, passando imediatamente ao Grande Expediente, tendo em vista a homenagem aos quinze anos do programa Palavra de Mulher.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Convidamos a nossa homenageada, Marley Soares, a fazer parte da Mesa; gostaria, também, que a Ver.ª Maria Celeste fizesse parte da Mesa, uma vez que é mulher e é Secretária; convidaria, também, a fazer parte da Mesa, a Sr.ª Helena Ribeiro, como representante da nossa querida TV2; o Jornalista Glei Soares.

Neste momento, portanto, damos início a esta homenagem justa que foi proposta pelo Ver. Nereu D’Avila e apoiada por todos os Vereadores desta Casa. O Grande Expediente de hoje será destinado a homenagear o programa Palavra de Mulher, que completa 15 anos e tem o comando seguro e eficiente de Marley Soares, ao longo do tempo, e nós formulamos votos de que continue por muito mais tempo ainda.

O Ver. Nereu D’Avila, que é o proponente desta homenagem, está com a palavra.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes) Amanhã, dia 11 de abril, estaremos comemorando na cidade de Porto Alegre, a TV Guaíba em particular, a Caldas Júnior como sistema de radiodifusão e televisão e, em especial, o Programa comandado pela Marley Soares e sua equipe, repito, estaremos comemorando os quinze anos de existência do programa Palavra de Mulher. E à frente desse programa diário, pela TV Guaíba, está uma mulher que aprendeu desde cedo a ser independente, uma vez que a Marley trabalha desde os doze anos de idade. Ela já trabalhou numa fábrica de café, foi secretária, parteira, comerciária. Tudo isso na sua terra natal: Pelotas. Veio para Porto Alegre para ser diretora regional de uma multinacional de cosméticos e, mais tarde, deu continuidade à atividade de comunicadora, iniciada no interior. Marley Soares casou cedo, aos dezenove anos já tinha dois filhos, e aos quarenta e dois anos deu à luz a caçula - que beleza! - fruto do segundo casamento. Hoje - vou dizer a idade, porque a Marley já disse no programa para todo o Rio Grande do Sul, portanto, não há problema -, aos cinqüenta e oito anos de idade, Marley é uma das apresentadoras de televisão mais bem-sucedidas do Estado; principalmente no que diz respeito a proporcionar a divulgação e a informação de eventos de interesse da comunidade, através do programa que dirige e apresenta, o programa Palavra de Mulher.

Antes de vir morar, trabalhar e consolidar a carreira profissional em Porto Alegre, a radialista Marley Soares trabalhou na Rádio Universidade de Pelotas, onde dirigiu e apresentou os programas R-U Confidencial e Mundo Feminino, antecipando o grande sucesso que viria a ter anos mais tarde na nossa Capital. Já na Capital, a comunicadora participava com freqüência de programas de rádio e TV, sempre como convidada.

Na década de 70, apresentou o TV Mulher, em parceria com Marisa Fernanda, na extinta TV Difusora - hoje, Bandeirantes, antes mesmo do TV Mulher da Rede Globo.

Nos anos 80, teve seu primeiro programa como produtora independente, chamado Momento de Beleza, que era veiculado aos sábados, na TV Guaíba.

Marley recebeu várias distinções, sendo que a principal homenagem foi o título de Cidadã de Porto Alegre, proposto pela então Ver.ª Letícia Arruda - e ainda ilustre funcionária da Taquigrafia, hoje -, num reconhecimento pela prestação de serviço à comunidade e pelo trabalho desenvolvido na televisão. Atualmente, compõem a produção os jornalistas Glei Soares - que está na Mesa -, Vera Milman e Cristina - que também apresenta o programa -, que estão presentes nos honrando com suas presenças.

Ao completar quinze anos, o programa, amanhã, a empresária, diretora e apresentadora Marley Soares diz que ainda sonha com um programa de auditório. Por enquanto, segue firme nas tardes da TV Guaíba, de segunda à sexta-feira, a partir das 16h25min, com o Palavra de Mulher, um programa ao vivo com duas horas de duração.

Prezada e querida Marley Soares, nossa homenageada, nesta tarde, a Câmara Municipal de Porto Alegre não poderia ficar alheia à comemoração do aniversário de um produto genuinamente gaúcho, e desejar, nesta oportunidade, que o programa Palavra de Mulher continue a cativar seus telespectadores com a linha de trabalho até então desenvolvida e que permaneça por muito tempo preenchendo o espaço televisivo das tardes sul-rio-grandenses e porto-alegrenses.

Queremos dizer que esta homenagem pelos quinze anos desse Programa, comemorados amanhã, dia 11 de abril - Marley e demais convidados que estão, nesta tarde, nesta Casa -, fosse extensiva também à grande dimensão e crescimento que tem hoje a presença da mulher no cenário da nossa sociedade e no desenvolvimento social, atualmente alcançado por todas as mulheres, o que muito nos satisfaz, envaidece, honra e, efetivamente, dá aquele conteúdo de uma parceria constante em que os preconceitos devem, finalmente, ser deixados para trás.

Há quinze anos, quando o programa iniciou, certamente havia os primeiros passos rumo ao espaço hoje conquistado absolutamente por elas, por vocês, por todas as mulheres nos diversos campos do conhecimento humano. Então, é uma forma extensiva de homenagearmos os quinze anos, porque foste pioneira, Marley, hoje, na inserção da mulher no cenário junto conosco; e isso é importantíssimo para desenvolvermos uma sociedade melhor, como todos nós desejamos, e para avançarmos juntos rumo ao futuro, como desejamos e almejamos, cujo nome do programa é exatamente Palavra de Mulher, com audiência de 73% nas tardes gaúchas, e, no final de tarde, com grande audiência masculina, demonstrando que as coisas da mulher não são estanques, como as nossas também não poderiam e não podem ser estanques. Esse conúbio, esse entrelaçamento, essa simbiose é que vai dar a projeção de melhores dias para todos nós, homens e mulheres deste Estado e deste País.

Então, que esse programa continue diversificado, com a presença de Vereadores, Deputados, personalidades públicas, médicos, odontólogos, pessoas de todas as gerações, de todos os níveis sociais e de toda a representatividade da sociedade gaúcha. Eu estava lá, numa tarde dessas, e vi a Marley dizer, sem maior aquele, porque ela estava dirigindo, como sempre magnificamente dirige, dizer: “Este programa tem utilidade pública, este programa, sem desdouro para ninguém, não é de culinária, ele é de informação.” Vejam só que palavras ela disse, e eu guardei. Porque informação é poder, e utilidade pública, como diz o próprio nome, é para todas as pessoas, de todas as idades. Pessoas de diversos ramos do conhecimento humano e também de religiosidade, respeitando os diversos espaços, mas, sem dúvida, levando sempre alguma coisa de conhecimento para os demais, isso é muito importante. Então, o programa, informativo e caudaloso em multiplicidade de assuntos, enriquece as tardes em todo o raio de 120 km de abrangência da TV Guaíba. Marley Soares e sua equipe, que aqui estão, nesta tarde, nos honrando com a sua presença, recebam a nossa homenagem ampliada; ela não é restrita aos quinze anos que amanhã que se completam, que são importantíssimos, mas amplia-se a todas as ramificações que esse programa atinge com a sua imensa audiência. Continuem a luta e levem daqui os nossos parabéns, o nosso conforto, a nossa homenagem a esta linda mulher que temos a honra de ter aqui nos nosso pagos. Que Porto Alegre continue tendo, por intermédio do programa Palavra de Mulher, a presença de Marley Soares e de toda a sua equipe para todo o sempre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra, por cessão de tempo do Ver. Valdir Caetano, em Grande Expediente.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Ilustríssimo Sr. Presidente da Casa, Ver. João Antonio Dib; Ilustríssima Dr.ª Helena Ribeiro, querida amiga e Diretora da TV Guaíba; Jornalista Marley Soares; Ver.ª Maria Celeste, querida amiga e excelente Vereadora; Ver. Nereu D’Ávila, meus parabéns pela idéia, pela proposição, pela sua oportunidade e merecimento; Sr. Odalgir Lazzari; Dr.ª Saloah Neme da Silva, e o nosso câmera: o Abdul. Eu os estou citando, porque eles são exemplos para Porto Alegre do tipo de trabalho, Sr.ª homenageada Marley Soares. A Marley Soares, como disse o Ver. Nereu D’Avila, é jornalista, comunicadora, mas eu gostaria muito de falar da Marley Soares “parteira”. Ela faz, diariamente, o “parto” da nossa época, o “parto” da imagem.

Há mais ou menos sete ou oito anos, a cidade de Porto Alegre ficou estarrecida com os cinco mil zeros na prova de redação do vestibular da PUC. Atiraram-se todos os professores e pesquisadores para saber por que havia tanta dificuldade em fazer uma simples redação pedida em um vestibular. Então, descobriu-se alguma coisa que é a palavra - a palavra escrita, a palavra dita -, que é feita através de um código, que reflete a idéia do escritor. Essa fantasia, esse sonho do escritor, esse script todo que ele tem na cabeça, e que passa para um código através de um livro, é comprado nas livrarias e decodificado por cada um de nós. Nós temos a felicidade, o livre arbítrio, o exercício de sonhar, de criar os personagens da forma, do jeito e do gosto que nós queremos. Fazemos, então, dos livros, das histórias, o encanto da nossa vida. Só para vocês terem uma idéia, em “Primo Basílio”, Eça de Queiroz conta a volta do primo, de Paris, para encontrar a sua amada, já casada com outro. O momento em que ele desce da carruagem e chega a casa da sua amada, em que é conduzido por um vestíbulo e depois por um, o que hoje se chamaria, living, só isso foi descrito em trinta e poucas páginas de um livro: a decoração, o ambiente, a expectativa do reencontro. Isso também foi filmado pela televisão, e ela nos dá, em uma fração de segundo, aquilo que foi escrito em trinta e tantas páginas por Eça de Queiroz.

Eu falo isso porque, como todos aqui sabem, nós vivemos a época da imagem, essa imagem que nos seduz, que nos fascina, que nos estarrece, que nos horroriza, muitas vezes, neste imenso espetáculo mundial que é a guerra, que é o circo, que é o futebol, que é a história, que é a ficção, que é a novela, que é a televisão. Essa magia da imagem nos faz pensar que se precisa, para isso, de algo que intermedie aquilo que nós fazemos da sociedade com o Estado, da televisão com o seu público: precisa-se de um artista, precisa-se de alguém que tenha conhecimento, mas que tenha também sensibilidade, que tenha arte, que tenha bom gosto, que tenha a psicomotricidade fina de entender através da arte, através das mensagens, um mundo tão conturbado, tão insano, tão enlouquecido, e, muitas vezes, tão deprimido. É preciso que se encontre, exatamente na cor, na beleza da mensagem, no desfile que as tardes de Porto Alegre, permanentemente se acostumaram a ver há quinze anos, o desfile da vida, dos fatos quotidianos, da interpretação de tantas coisas que não sabemos e que nos informam, da felicidade de termos alguma coisa manuseada chamada conhecimento, conhecimento que é passado para os telespectadores. Isto é feito por uma “parteira”. Ela faz o “parto” da imagem, e este “parto” passa a ter o milagre da natalidade, a natalidade do conhecimento, a natalidade dessa palavra, que nos foi conspurcada pela sua própria imagem, mas que hoje é devolvida em conhecimento, é devolvida nesse prazer indizível de sentar-se à frente de uma televisão, de conversar com as pessoas, de ser instruído, de entrar nesse mundo fantástico da cor, da visão e, principalmente, das relações humanas, essas relações humanas que precisam ser melhoradas, com urgência. Um pai tem de gostar mais de um filho, um médico tem de tratar melhor do seu paciente, o mundo não pode ter guerras, e só há uma forma de fazê-lo: através do amor, do conhecimento, do processo educativo, e do prazer indizível de uma tarde, em Porto Alegre, vendo, na TV, um programa da Marley Soares. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra em Grande Expediente, por cessão de tempo do Ver. Beto Moesch.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falo também em nome dos Vereadores João Antonio Dib, Beto Moesch e João Carlos Nedel. Eu vivo numa casa de seis mulheres e uma cachorra, que também é feminina; sou um homem cercado. No meu gabinete só tem mulheres, e o Dr. Lauro. Para explicar isso, eu fui Professor da PUC e Chefe do Departamento de Testes e Provas Psicológicas; eu sei o que faço. Não é de oitiva nem de afogadilho. Reconheço a meiguice da mulher, o seu aroma, o seu perfume, a sua inteligência, que transforma os ambientes, que afasta os desencontros. Os homens são para outras missões.

Quem chancelou o programa Palavra de Mulher? Não sei! Quem colocou esse nome? Há de ter sido uma mulher! Quem sabe a própria Marley!

E nas tardes dos dias de semana, na escolha dos temas atuais, sempre oportunos e provocadores - e eu conheço televisão -, eles magnetizam os telespectadores, dando sempre informações novas pela TV Guaíba. Que bom!

Ontem, Marley, pensei em tua programação, e até vou contribuir para a tua produção. Para mim é difícil assistir, porque estamos na rotina deste dia-a-dia da Câmara, sob a batuta deste tal João Dib e a sua Ordem do Dia, inclemente! Lembrei-me, então, de um ser que me toca muito de perto, pela minha criação: o cavalo. Saltei até ser Major. Que me entenda o Ver. Elói Guimarães, fazendeiro, homem do campo, tropeiro, sorvedor de chimarrão – nós sempre recorremos a ele, quando há qualquer coisa sobre falar do campo -, pois fui criado numa remonta do Exército, cresci com o cavalo... E como sofrem os pobrezinhos, Marley! Aqui tenho falado – não muito, nesta tribuna – de como sofrem os pobrezinhos na cidade de Porto Alegre, transportando sacos plásticos enormes, carga pesada, muitas vezes conduzidos por crianças, sempre na contramão, em horas inadequadas, sem iluminação, sem placas, sempre para completar a subsistência de uma família. A gente entende! E por isso a gente se trava e nós, Vereadores, ficamos diante da realidade. Aquele que está conduzindo a carroça precisa daquilo. É difícil! Para nós é muito difícil! E sabe por que me despertou o teu programa? Pelo Gateado. Um cavalo que, lá por Pelotas, no Canal do Pepino, se foi, morreu, dando um enorme exemplo de amor humano! Um quadro de amor animal com amor humano... Lembrei-me de te sugerir que, ao lado da tribuna da Câmara, clamasses pelos cavalos explorados em Porto Alegre, colocados entre varais de carroças, quando esse não é o destino do animal! Cavalo não foi feito para varal! Não é, Ver. Elói Guimarães? Não foi feito para varal, foi feito para ser montado; ele é nobre! Quem sabe, Marley, tu te preocupas, também, com o cavalo, um pouquinho mais do que tens te preocupado? Que por um dia substituas, pelo menos um dia - que dia eu não sei - o Palavra de Mulher - não vou dizer “Palavra de Cavalo” -, mas sobre o cavalo! O que achas?

E me sobram ainda alguns minutos, que o Ver. João Antonio Dib me concede, inclemente sempre nesta sua campainha desagradável e até mal-educada.

Então, eu diria que não vou buscar o Glauco Saraiva, meu amigo, nem vou buscar o Jayme Caetano Braun, meu amigo, que até me concederam duas poesias, os dois, Ver. Elói Guimarães, o que é uma honra para mim! Não, não vou! Vou buscar Catulo da Paixão Cearense, quando ele, falando pelo cavalo, disse: “Este amigo irracional, em sua animalidade, tem tanta cristandade em seus atos naturais, que eu penso que o nosso mundo seria um mundo perfeito, se Deus nos tivesse feito tal qual o meu cavalo, sem consciência, irracional!”

Quem sabe, Marley? Fica aqui a sugestão. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Não é a primeira vez que o Ver. Nereu D’Avila propõe, não a homenagem, mas uma reflexão sobre esse programa. Então, já tem a tradição de trazer, ao convívio desta Casa, a Marley, a TV Guaíba a quem homenageamos e agradecemos a permanência e a divulgação que faz desta Casa, através, não só da TV, mas também do jornal, o único que mantém, permanentemente, na Casa, um setorista. Os nossos agradecimentos e o reconhecimento de que esse trabalho é de fundamental importância para a Câmara Municipal. Em um momento anterior, há alguns dias, nós já reconhecíamos esse fato e nos lembrávamos, por ocasião de uma homenagem a jornalistas, que há algum tempo esta Casa tinha, não só no Correio do Povo, como é hoje, mas em todos os jornais da Capital e nas tevês os comentários diários daquilo que acontecia aqui. Infelizmente, esse tempo vai longe. Oxalá se possa ter de novo essa presença, assim como faz a TV2-Guaíba, assim como faz o Correio do Povo.

Senhoras e senhores, hoje, neste momento, eu acho que há uma grande discussão no plano político nacional, a que esta Casa não se furta. E a discussão é, certamente, o papel da comunicação no País. O papel, a influência, a necessidade, a responsabilidade que têm as redes de comunicação, os comunicadores com a população do País, com a cabeça das nossas crianças, com a cabeça dos cidadãos brasileiros. Há uma grande discussão, quando se vêem programas onde o apelo ao sexo, o apelo a tantos atos, às vezes fora dos bons costumes, imorais até, em certas ocasiões, o apelo fácil pela audiência faz com que se questione se esse veículo, a TV, concedida pelo Governo Federal, concedida pelo povo brasileiro, portanto, se não deveria ter condicionantes para que pudesse expor aquilo de mais são, de mais sadio, de melhor para a população de Porto Alegre, do Estado e do Brasil. Será que essa discussão, que se aprofunda, poderá reverter a já tão intrincada cadeia de redes e interesses existentes no País? Será que isso poderá ser revertido? Oxalá o Governo Federal de hoje, que certamente concorda com essas opiniões, tenha poder suficiente e vontade suficiente para iniciar essa reversão. Não somos ingênuos. Tanto no momento da concessão quanto, é claro, naquilo que depois acontece dentro das redes.

Eu acho que este é um bom assunto para reflexão, Ver. Nereu D’Avila; marca quinze anos de um programa e de uma trajetória de programas, trajetória de uma vida na comunicação e o início de um programa que, certamente, sem precisar, sem ter a necessidade, sem fazer com que essas influências caiam sobre esse programa, tem na sua produção, na sua realização, na sua confecção e leva ao ar assuntos do dia-a-dia, palpitantes, discussões que movem a opinião pública, porque é detentor de mais de 70% de audiência nas tardes. Então, mexe com a população, com a cabeça e com as mentes das pessoas e não tem, não precisa e não faz, por responsabilidade ética e moral, nenhum apelo desses. Ele tem, provoca e recebe audiência, fazendo a boa comunicação, a comunicação eficiente, que constrói, que educa, e a função, no meu modo de ver, dos meios de comunicação, certamente, teria de estar atrelada, Ver. Zé Valdir, ao papel da educação, do educador, o papel de buscar dentro da mente das pessoas o questionamento sobre o que é a sociedade, o que a sociedade deve ter mais e melhor.

E é, sem dúvida nenhuma, nessa trilha, nesse caminho que o programa “Palavra de Mulher” está estribado, por isso a nossa homenagem.

A cidade de Porto Alegre reconhece esse trabalho. Certamente a felicidade do Ver. Nereu D’Avila em apresentar e reapresentar esta homenagem do povo de Porto Alegre ao programa e à Marley é a felicidade da Cidade, felicidade nossa de poder dizer de viva voz, em claro e em bom tom, que tu és já reconhecida como Cidadã pela nossa querida Letícia, em Projeto passado. Mas, certamente, esse reconhecimento deve-se renovar todos os dias, renovando-se pela audiência e, de vez em quando, por esta Casa. Receba, portanto, não só a homenagem, mas a reflexão de que estás fazendo um grande programa: “Palavra de Mulher”. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Zé Valdir está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Tivemos a oportunidade, por duas vezes, de participar do teu programa, Marley; uma, como Vereador, e a outra, como Presidente da antiga FESC, hoje FASC.

Aproveito este momento para externar as duas reflexões que me surgiram depois que participei do teu programa, Marley. Uma é o sentido do teu programa, e, a outra, o sentido da tua presença como comunicadora no meio da comunicação. Confesso que todos os que participam do teu programa sentem-se muito bem, muito à vontade. É um programa simples, mas extremamente sério e responsável, como, aliás, todos os programas da TV e da Rádio Guaíba. Isso é de uma importância fundamental nos dias de hoje. O nosso Presidente, Ver. João Antonio Dib, costuma dizer que o difícil é fazer o simples. Essa questão de ser um programa simples, sério e responsável, e o que é mais importante, uma produção local, é fundamental no momento em que vemos que a maioria dos meios de comunicação não seguem essa diretriz, não seguem essa estrada, e, às vezes, se perdem; às vezes, não oferecem aquilo que a sociedade está a necessitar, e poderiam contribuir até com um papel mais educativo, como já salientou, inclusive, o Ver. Wilton Araújo.

Eu, como educador, primo muito por essa questão do papel educativo dos meios de comunicação, bem como a sua responsabilidade. E o teu programa tem esse sentido, e isso é de uma importância fundamental, porque engrandece a comunicação neste Estado. A segunda reflexão é sobre o sentido da tua presença, tu, como mulher, num programa que já tem quinze anos, portanto, num programa que já comprovou o sucesso, é de uma importância fundamental, porque ele é um símbolo que, para nós, é muito caro, para todos aqueles que lutam por uma sociedade igualitária, por uma sociedade que resgate o papel da mulher, por uma sociedade onde a mulher, de fato, conquiste a igualdade não apenas no papel. Por que eu digo isso? Porque a questão da libertação da mulher, da conquista da igualdade real da mulher é uma demanda histórica. Sabemos que a humanidade em geral, até hoje, não soube compreender o papel da mulher. Se remontarmos à tão famosa Grécia, à Atenas, o berço da democracia, vemos que a mulher era extremamente discriminada; a mulher não podia nem participar da parte da casa, da sala, onde recebiam-se as visitas, a não ser quando era chamada pelo marido. Mesmo na Grécia, o berço da democracia, a mulher era discriminada. Se formos para o Brasil, nem se fala. Basta citar um dado: há poucos anos, em 1934, a mulher conquistou o direito do voto, no Brasil.

Temos uma dívida histórica, um resgate da igualdade de gênero neste País, que ainda está por ser feito, e, por isso, em um meio de comunicação onde temos muitas mulheres que mostram competência, mas, no conjunto, comparativamente com os homens, ainda são minoria nos meios de comunicação. É só pararmos para pensar quem são os apresentadores, quem são os homens, quem são as mulheres? Vemos que a mulher ainda é a minoria. A tua presença destaca essa luta pioneira da mulher. Isso para nós é importante, para esse resgate histórico e também porque não acreditamos em democracia sem que a mulher conquiste a sua libertação. A libertação da mulher é a libertação de nós, homens; a libertação da mulher, a igualdade da mulher é fundamental para podermos falar em democracia. Se nós não atingirmos um estágio onde a mulher, ombro a ombro com o homem, participe em todos os espaços, não podemos falar em democracia, assim como não podemos falar em democracia se a sociedade continuar negando os espaços para as etnias, o negro, o índio e assim por diante. Essa é uma questão de um resgate histórico que temos de fazer e também uma questão que está no centro do debate democrático. Por isso a tua presença é um ponto avançado dessa luta, um símbolo para nós muito importante.

Todos aqui falaram em poesia; eu fiz uma poesia – sou metido a poeta – para o dia 8 de Março, que traduz um pouco esses conceitos que estou colocando. O título é “Por um Mundo Mais Mulher”, porque nós temos que nos dar conta de que a mulher é a face feminina da humanidade. Sem a mulher não existe humanidade, o mundo precisa ter muito mais a presença da mulher. Vou te dar uma cópia desta poesia com uma dedicatória. Vou ler: “Por um Mundo Mais Mulher/ Mulher! Nossa saudação no teu dia/ não é de exaltação à beleza das tuas formas/ de vulgarização mercantil do teu corpo/ como faz a mídia consumista./ Nem de elogio à tua dedicação/ ao teu sofrer calado de ‘cara-metade’/ de mãe e esposa exemplar/ como no verso hipócrita dos conservadores./ Não é uma ode a tua suposta natureza frágil/ a tua vocação de flor ambulante e decorativa/ como pregam os machistas antigos e modernos/ que te querem objeto de cama e mesa./ Nossa saudação é à mulher integral e plena/ a face feminina da humanidade/ a que em meio às lutas do quotidiano/ conserva no riso prenhe de esperança/ - semente de um novo tempo./ Nossa saudação é à mulher-cidadã/ que não se cala, que se indigna e se posiciona/ que se liberta, libertando a humanidade/ a que dá luz a um novo homem/ liberto das amarras do opressor. Nossa saudação é à mulher-vida/ que é luz, e não uma sombra morta/ à mulher companheira/ que está ao lado e não atrás/ que luta o nosso sonho/ por um mundo mais fraterno,/ justo e humano/ um mundo mais mulher/ Nossa melhor possibilidade de construção da felicidade e da paz!” Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. João Antonio Dib, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Meu querido Ver. Nereu D’Avila, proponente desta homenagem, eu sei que a nossa Jornalista Marley não vai ficar braba por eu fazer uma comunicação rápida antes. Nós estamos recebendo aqui a visita da Escola Estadual de Ensino Fundamental Edgar Luiz Schneider, representada por cinqüenta e cinco alunos da 5.ª série e pelas professoras Alda Lima, Leonor Ferreira e Magda Hackmann. Sejam bem-vindos e apareçam para trazer, principalmente, os inúmeros problemas que ainda enfrentamos no campo da educação do nosso Estado. (Palmas.)

Se a palavra da mulher decidisse no mundo, não haveria guerras. Até hoje ainda não me confirmaram direitinho se foi mesmo uma mulher que decidiu pela Guerra da Malvinas; não tenho muita certeza, não; agora, eu tenho certeza de que as outras guerras aconteceram, sim, pela palavra de homem.

“Palavra de Mulher” é sucesso na televisão, porque a palavra da mulher começa a ser mais respeitada, mais acatada, mais discutida que em tempos passados. Tomara, para não termos mais guerras e termos mais amor, que o mundo passe a respeitar mais a mulher e seja decidido pela palavra da mulher.

O meu amigo Zé Valdir, com o seu veio caminhoneiro, como eu fui, poeta, boêmio talvez, coisas tão fantásticas da vida, escreveu bem aqui que quer a igualdade da mulher. Eu quero mais, Zé: eu quero a mulher superior, porque nós homens já cometemos muitas bobagens aqui neste planeta. Eu acho que a mulher deveria ter essa oportunidade. Eu sempre disse e vou dizer que as rédeas do mundo deveriam estar nas mãos das mulheres, porque no momento em que tivessem que decidir, como Bush teve que decidir, a decisão seria outra, totalmente outra. E depois que o Lula deu 1% para o funcionalismo público, eu acho que os homens continuam fazendo errado, e, quando poderiam deixar de fazê-lo, continuam fazendo errado. Eu não poderia deixar de participar deste momento de emoção, Marley, e de ver de perto a minha querida Helena Ribeiro, executiva da TV Guaíba.

Nenhum programa, não tendo aceitação do público, continua no ar, ou parte dele, permanece no ar por quinze anos. Não adianta a força de uma mídia superior, não adiantam os jogos políticos publicitários, se você não tiver uma aceitação de parte do público, você, conseqüentemente, não vai ficar no ar.

 

Quinze anos é uma marca, e tomara que eu possa estar aqui na marca dos 20, para continuar observando esse seu trabalho, que é renovado todos os dias. E este é uns dos itens de seu sucesso. Nós, as pessoas que fazemos comunicação, precisamos, indiscutivelmente, renovar a nossa emoção, o nosso entusiasmo todos os dias.

Esta homenagem é da Bancada do PMDB. E, ao homenagear “Palavra de Mulher”, eu registro publicamente, aqui, Dr.ª Helena, os milhares de pedidos que chegam para que a TV Guaíba amplie o seu raio de ação para todo o Estado do Rio Grande do Sul. Está tudo arquivado, os e-mails, cartas, telegramas para que a TV Guaíba faça um esforço e atinja todo o Estado do Rio Grande do Sul.

Homenageando as mulheres via esta homenagem à TV Guaíba com o seu “Palavra de Mulher”, minha amiga Marley, eu espero estar por aqui, repito, daqui a cinco anos, para que estejamos juntos de novo, porque, por intermédio de suas palavras, com certeza vamos continuar aprendendo.

Sou um tanto bairrista, gosto muito mais das coisas daqui do que das coisas lá de fora, por isso gosto de “Palavra de Mulher”, por isso eu gosto da TV Guaíba, por isso eu gosto de uma série de coisas que fazem este Rio Grande do Sul.

Nós temos que divertir quando estamos comunicando, temos que procurar educar, ensinar o que podemos, mas temos que usar aquela palavra mágica que todo ser humano precisa usar todos os dias: emoção. Nós precisamos fazer tudo de forma profunda, no mais profundo da alma, para que a emoção venha clara e que ela, realmente, seja uma mensagem de carinho, de incentivo, de divertimento, de distração; que aquilo que estivermos fazendo seja bom para o espírito daqueles que estão nos acompanhando, e, com isso, nós estamos e estaremos interagindo com a sociedade. Parabéns mais uma vez, parabéns à direção da TV Guaíba, parabéns ao Ver. Nereu D’Avila, e eu espero contar com essa caminhada de que a mulher é quem tem que mandar no mundo, e, para os Bushda vida, tiro neles. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador).

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Os cinqüenta e cinco alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Edgar Luiz Schneider, as Professoras Alda Lima, Leonor Ferreira e Magda Hackmann estão vivendo um momento em que a Câmara Municipal de Porto Alegre homenageia o trabalho eficiente, sério, responsável de uma jornalista que é a nossa Marley Soares. Essa é uma atividade do Projeto Educação Política do nosso Memorial da Casa do Povo de Porto Alegre. Bem-vindos e sejam felizes aqui.

A Ver.ª Margarete Moraes está com a palavra, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni, em Grande Expediente.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)

Eu venho de uma reunião com a Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, a nossa companheira Emília Fernandes, na primeira vez que ela comparece nesta condição ao seu Estado natal, e ela sublinhava a importância da criação desse espaço neste Governo, um novo espaço para que todas as pessoas do Brasil, sendo homens, sendo mulheres, em todos os quadrantes deste nosso País de dimensões continentais, de todas as profissões, independentemente da condição social, compreendam exatamente e se conscientizem do compromisso do Governo Federal com a luta e com as demandas das mulheres neste momento de transição e de transformações necessárias para a condição humana. E aqui eu também gostaria de sublinhar o trabalho das mulheres nesta Casa, o trabalho da Vereadora companheira Maria Celeste, da companheira Ver.ª Maristela Maffei, da Ver.ª Clênia Maranhão nesse sentido, porque os julgamos cada vez mais importantes e mais necessários. Trata-se, querida amiga Marley, de um novo espaço que nos enche de esperança e de perspectivas de mudança, porque nós, mulheres, queremos ser reconhecidas nas nossas diferenças, nas nossas singularidades e queremos ser respeitadas também no nosso direito à igualdade. Neste momento eu queria cumprimentar o ilustre Ver. Nereu D’Avila pela felicidade desta proposta, desta proposição, desta sua iniciativa que presta uma merecida homenagem ao Programa da TV Guaíba, que já completa quinze anos. Parece que foi ontem, não é, Marley?

Palavra de Mulher é um programa que se confunde, que se articula com a personalidade, com o estilo da sua apresentadora, a querida Marley, que é a alma desse programa. Como muito bem disse o nosso Vereador, mulher independente, a Marley trabalha desde a sua adolescência, hoje é uma pessoa absolutamente legitimada e reconhecida na sociedade de Porto Alegre, na vida comunitária do Rio Grande do Sul, porque traz um programa que preenche as tardes das mulheres, principalmente, e que aborda questões do cotidiano e que, por isso, não são menos legítimas e nem menos importantes. É um programa que presta serviço à nossa comunidade, através de informações culturais. Por exemplo, na condição de ex-Secretária da Cultura, eu tive oportunidade de comparecer a esse programa a seu convite, inúmeras vezes, e eu pude constatar o tamanho da sua audiência, o quanto uma notícia veiculada no Programa da Marley chegava à grande população de Porto Alegre, uma vez que, depois, havia significativo comparecimento em eventos culturais da nossa Cidade. Isso é muito importante. Também traz reflexões sobre a nossa política, sobre a nossa contemporaneidade, porque todas as pessoas devem compreender melhor este mundo e eu acho que o seu programa é educativo e é formativo nesse aspecto também. Orientações de saúde, de gastronomia e, por que não, também de entretenimento, porque todas as pessoas têm o direito à felicidade, têm o direito a momentos de lazer, a momentos de alegria. Eu acredito que quem assiste ao programa não percebe um outro lado da Marley, que é o lado de diretora e de produtora do programa, que ela faz com muito talento e muita precisão.

Portanto, eu queria falar em nome do Partido dos Trabalhadores, da nossa Bancada, e cumprimentar, também, a TV Guaíba por toda a sua programação, um trabalho sempre voltado para a busca da verdade, e a empresa Caldas Júnior, evidentemente, e dar um grande abraço à querida, talentosa, sensível e inteligente Marley Soares e, mais uma vez, ao Ver. Nereu D’Avila, por esta belíssima iniciativa. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, por cedência de tempo do Ver. Almerindo Filho, em Grande Expediente.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Incorporo na saudação a audiência do programa homenageado, Palavra de Mulher, constituído de mulheres, jovens, velhos, crianças e homens.

Quero agradecer ao Ver. Almerindo Filho por ter-me cedido o tempo. Falo em nome da Bancada do PTB, representada, nesta Casa, por este Vereador, pelo Ver. Cassiá Carpes e pelo Ver. Elias Vidal.

Quinze anos, Marley, é uma data feminina, pelo menos na cultura do ocidente, porque nas famílias que têm filhas, o grande momento, se não o maior momento, de celebração, de comemoração, é quando a filhinha faz quinze anos. Reúne-se a família, os parentes, os amigos e cantam a menina-moça.

Então, fazendo um comparativo, o teu programa está nesse estágio etário, da menina-moça, quinze anos, e o que tem a produzir, ainda, quando se tornar adulta... É menina-moça! São apenas quinze anos. Estamos, aqui, exatamente, festejando esse aniversário.

Aqui, já se disse tudo, Marley Soares, do teu talento, do teu brilho, da tua inteligência, da tua empatia e da tua simpatia, mas, hoje, se homenageia o teu programa Palavra de Mulher, em que tu és a grande estrela, o astro, mas integrada num conjunto de pessoas que atuam nos mais diferentes setores para promover, para formular o programa Palavra de Mulher, numa emissora, numa empresa, a Caldas Júnior, que goza de credibilidade, em todos os seus veículos de informação, quer na TV, no velho jornal Correio do Povo e na Rádio Guaíba.

Então, é exatamente nesse tripé da comunicação social que, no setor televisivo se enquadra, se encarta esse magnífico programa Palavra de Mulher. Já se disse: é um programa de utilidade pública.

Outro dia eu assistia - e é bom que se diga: Palavra de Mulher tem exatamente o espectro envolvendo diferentes setores; evidentemente veicula com maior força a defesa, a emulação da mulher, mas ele tem um espectro extremamente abrangente - a um Programa da Marley, Palavra de Mulher, e eu via lá um médico, que, por sinal, é um dos melhores dermatologistas aqui do Estado, Dr. Ricardo Guimarães, e a Marley conduzindo o programa, eu diria assim, como numa verdadeira aula de Medicina, com a presença do profissional, receitando para a população, para os ouvintes, para os telespectadores uma série de informações da maior importância para a vida, para a qualidade de vida.

Então, que programa fantástico que a sua proposta incorpora! É universal o Programa. Ele incorpora os mais diferentes setores da inteligência, da ciência e pelo Programa Palavra de Mulher eles ali se expressam. Então, nós temos uma proposta multifacetada, nos mais diferentes campos do saber do conhecimento humano, e com esse toque fundamental, que é exatamente esse toque feminino, aromático, Vereador Cel. Pedro Américo Leal, é como se do vídeo se desprendessem aromas a nos provocar a endorfina, por exemplo, que é algo bom para a alma, para o coração. Então, eu diria que é um programa que tem já consolidadas uma tradição e uma audiência altamente qualificada, de mulheres e homens, jovens, crianças e velhos, que estão ali à procura da informação, à procura do conhecimento, porque ele é todo utilidade, ele é todo utilidade repassando conhecimento. Então, se usa a comunicação a serviço da população. O teu programa, Marley, usa a comunicação a favor do povo, da saúde, da educação, do entretenimento, do belo, sim, do estético. O teu programa tem uma estética belíssima, porque é bem apresentado, sem ranços, é um programa bonito, é um programa da mulher.

Nesta oportunidade que a Casa tem, nós queremos te saudar, dizer que a Cidade agradece, porque, quando se fala em Câmara, pelos seus diferentes matizes ideológicos, fala-se na população, que tem aqui a sua expressão política. Então, em nome da Cidade, em nome do seu povo, queremos te agradecer pelo brilho, pela alegria que permanentemente tu ofereces à população pelo ensinamento, pela cultura, por informações, as mais importantes que diariamente estás passando aos nossos telespectadores. Que esse programa continue, que fique, por assim dizer, velho, bem velhinho. Agora está com quinze anos, é uma mocinha, como uma jovem moça de quinze anos, mas que fique bem vovozinho, lá com noventa, cem anos. Meus cumprimentos. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Os representantes do povo expressaram o carinho, a admiração e o respeito que têm pela nossa homenageada, a Jornalista Marley Soares, que agora nos dará o prazer da sua palavra. Havia outros oradores querendo falar, mas...

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Ver. João Antonio Dib, se V. Ex.ª me permite, fiz inscrição prévia, o meu nome consta; inclusive, acertei com a responsável pelo setor e não vou me furtar de fazer a homenagem para a Marley.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): V. Ex.ª, nobre Vereador, dará brilho, sem dúvida nenhuma, a esta homenagem, mas ficaria muito mais contente se V. Ex.ª dissesse a mim que iria falar, para que eu não cometesse o equívoco que agora foi cometido. Mas, por favor, use o seu tempo.

O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)

Cara Marley, eu, como tu viste, fiz questão de falar, porque estava inscrito, e não me poderia furtar de trazer algumas palavras. Lembro-me que, em 2001, quando foram completados treze anos, também o próprio Ver. Nereu D’Avila, proponente, fez uma homenagem para ti nesta Casa. Então, tu, como ninguém, és uma pessoa que já está familiarizada com este nosso ambiente. Mas eu quero te parabenizar, porque, a cada ano que passa, o teu programa cresce. Ele cresce em qualidade, e, tenho certeza, ele cresce, também, em audiência, que é de aproximadamente trinta, trinta e cino mil espectadores. É um programa versátil, porque aborda quase todas as temáticas da mulher - saúde, beleza, decoração, alimentação, comportamento, sexualidade. Não é fácil fazer um programa de duas horas, com temas variados, pessoas que mudam diariamente, e estar há tanto tempo no ar, mas tu consegues fazer isso com brilhantismo, pelas tuas características.

Então, nós queremos aqui, de forma simples, singela, fazer esta homenagem. Que tu possas, cada vez mais, continuar com esse teu brilhantismo, porque consegues preencher uma lacuna, que é um horário em que as pessoas que estão em casa, muitas vezes, não têm opções maiores, programas diversificados. E tu consegues, então, trazer aquilo próprio da mulher, mas também sabes que o programa, que se chama Palavra de Mulher, é assistido também por milhares de homens, porque tu tens essa comunicação, porque ele é um programa da família, é um programa sempre atual, temas constantes, e fazes, porque é raro isso no nosso jornalismo, essa diversidade de temas. Já vi programas sobre misticismo, religiosidade, a questão da cidadania, política tu abordas, a questão da sociedade, então são temas dos mais variados, mas consegues, com uma propriedade e uma clareza, trazer isso.

Volto a dizer que não é fácil, porque quando é um programa que é feito esporadicamente, tu tens tempo maior para preparar, mas quando o programa é feito de forma contínua, dinâmica, dia a dia, com várias pessoas, eu só imagino a dificuldade. Tu já és uma pessoa que há muitos anos está acostumada com isso, mas eu tenho a certeza de que a cada dia, quando tu entras no ar, é uma expectativa nova, é uma expectativa de como está sendo o retorno; e tu podes ter a certeza de que o grande retorno é esse que a cidade de Porto Alegre está te dando. E esse teu programa, nós sabemos, é transmitido para toda a Região Metropolitana e para mais alguns Municípios. Mas, Marley, essa é uma característica tua: tu consegues, com a tua simplicidade, cativar.

O Ver. Elói Guimarães foi muito feliz quando ele disse que teu programa não tem ranço. Tu consegues transmitir aquele programa com um sorriso, fazendo uma interlocução brilhante e, ao mesmo tempo, uma coisa que é muito importante: tu deixas o entrevistado à vontade. Isso é muito bom, porque a pessoa que vai ali pode discutir o tema, fazer a sua abordagem da maneira como ela quer; e tu, com a tua sabedoria, vais dando umas pinceladas, umas dicas, e a pessoa vai se descontraindo - isso é uma riqueza. E essa riqueza é que faz com que, cada vez mais, aumente o número de pessoas que assistem.

Volto a dizer que o programa ocorre num horário estratégico, é um horário que pega uma faixa de público seletivo, que fica naquele momento em casa, e ele vai direto, porque tu, por essa dinamicidade, pela diversidade de temas, fazes com que a pessoa não tenha como não gostar do programa, porque ele é diverso. Às vezes, se tivesse o mesmo tema, poderia-se dizer: “Ah, mas aquele programa só invoca o mesmo tema!” Não, tu consegues falar de tudo e de todos com esse teu carinho e com esse teu sorriso. Então, Marley, quero te parabenizar, parabenizando também o teu produtor, a tua apresentadora, e principalmente a nossa TV Guaíba, que é uma TV que cada vez mais prestigia os da casa, porque nós temos outras emissoras que importam. Mas a TV Guaíba, fiel aos seus preceitos, faz questão de valorizar os “pratas da casa” em inúmeros programas. Inclusive temos um Vereador, o João Bosco Vaz, que tem um programa nessa TV.

Agora, no dia 22, nós faremos uma homenagem, a entrega do Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, numa proposição nossa, a Odalgir Lazzari, que saiu do teu programa, durante muito tempo esteve no ar contigo, e estava até há bem pouco tempo aqui presente.

Para finalizar, gostaríamos de parabenizar toda a tua produção e dizer: continues com esse teu alto astral, continues cativando as pessoas, porque cada vez mais a resposta do público é o que ela faz - aumentar em número de telespectadores. Agradeço ao Ver. João Antonio Dib por também ter cedido este espaço, pois já havia convidado a Marley para fazer uso da palavra. O que ela poderá fazer agora, brilhantemente. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu queria felicitar aqui o proponente, Ver. Nereu D’Avila, por esta iniciativa. Eu fiz questão de registrar o meu depoimento, em função da experiência que eu tive, do contato que eu tive com o programa Palavra de Mulher.

Pensei, inicialmente, em fazer como fez, brilhantemente, o Ver. Nereu D’Avila, que transcreveu todo um histórico, todo um passado da apresentadora Marley Soares.

Pensei também em, como fizeram outros Vereadores aqui, destacar o papel da mulher, já que é um programa, embora seja um programa para todos, homens e mulheres, mas é muito a partir do enfoque da mulher.

Pensei em fazer como fez meu companheiro de Partido, Ver. Zé Valdir, pensei em ler uma poesia, mas, infelizmente, não tenho o talento que tem o meu amigo e companheiro de Bancada.

Então, vou aqui só registrar um depoimento pessoal de quem teve oportunidade de participar várias vezes do teu programa, Marley. Quero registrar, em primeiro lugar, que sempre tive um espaço para divulgar as ações, na época do Departamento Municipal de Habitação. Não foi uma, não foram duas, mas várias vezes. Também quero registrar o carinho e a amizade com que sempre fui recebido pelo programa e acho que esse é um diferencial, por isso eu fiz tanta questão de falar. Nós, aqui nesta Casa, temos uma série de homenagens, às vezes a personalidades, a programas sobre os quais temos conhecimento, mas com que não tivemos oportunidade de conviver.

Então, este registro se faz necessário porque essas duas qualidades fazem do teu programa um programa diferenciado. Faço questão de prestar este depoimento de quem passou por lá e sempre foi muito bem recebido. Os mais diversos temas, nas mais diversas oportunidades; sempre encontrei, naquele Programa, um momento em que eu pudesse colocar minhas idéias.

Então, este registro de um programa que está há quinze anos no ar e só por isso já explica todo o mérito, pela dificuldade de ter uma produção local, que dure tanto tempo no ar, eu queria saudar não só a Marley, mas inclusive a TV Guaíba por ter a sensibilidade de preservar esse espaço para um programa que, sem dúvida nenhuma, presta um serviço para a cidade de Porto Alegre.

 

A Sra. Maria Celeste: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Pestana, obrigada pelo seu aparte. Ver. João Antonio Dib, nosso Presidente, achei importante vir aqui fazer um aparte, porque as vozes que nós tivemos até então, foram muito masculinas, apesar do nosso Regimento e de o nosso Presidente estar cumprindo rigorosamente o Regimento da Casa, pois tem uma ordem de inscrição. Por isso, Marley, todas nós, mulheres, gostaríamos de falar no dia de hoje e, por uma questão regimental, não conseguimos; então, gentilmente, pedimos um aparte para os Vereadores desta Casa, que o Ver. Carlos Pestana nos está concedendo agora.

Eu queria fazer duas ponderações que acho importantes, não poderia deixar de falar. Uma é a simbologia do nome do programa Palavra de Mulher. O que significa isto para nós: Palavra de Mulher? É o nosso jeito, o nosso gesto, a nossa forma de atuar enquanto mulheres, num meio de comunicação tão importante quanto a televisão. Em cima disso, o que é que significa a informação para nós, mulheres e homens da cidade de Porto Alegre? A forma como o programa coloca a informação, a ética com que são levadas essas informações é de fundamental importância para nós.

Rapidamente, eu só queria citar uma questão, Ver. Carlos Pestana: essa informação é fundamental, e por quê? Porque nós somos oitenta e cinco milhões de mulheres no País, na grande maioria, excluídas, ou pelo desemprego ou pela questão de estarmos em postos inferiores de trabalho ou pela discriminação, num País em que, a cada quinze segundos, uma mulher é violentada e espancada. Então, esta informação que tu trazes no programa, Marley, que a tua equipe, as trabalhadoras, os trabalhadores, a produção do programa trazem para nós é relevante, é fundamental.

Nós não queremos ser nem melhores, nem piores que os homens, apenas nós somos diferentes. Muito obrigada.

 

A Sra. Maristela Maffei: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, companheiro e Ver. Carlos Pestana, Marley, direção desse programa tão importante e, também, de toda a TV Guaíba, Canal 2, eu queria dizer que, para nós, é uma alegria e, quando nós aqui não temos tantos espaços como gostaríamos, até por uma questão regimental, nós complementamos no teu programa ou em qualquer um dos programas, tanto na rádio, quanto na TV, o que é superimportante. Isso nos dá alegria, porque complementa a nossa visibilidade, pois, infelizmente, ainda existe o status quo, e nós ficamos tão felizes quando vemos uma mulher à frente de uma empresa tão importante, com esse olhar, com essa magnitude, porque pode nos dar o espaço para realizarmos, não apenas a nossa visibilidade, mas, também, a daqueles ou daquelas que, por uma condição social, não a possam ter. E esse é um espaço consagrado que, com certeza, nos honra muito. Muito obrigada. (Palmas.)

 

O Sr. Raul Carrion: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em primeiro lugar, um grande abraço à Marley Soares, a sua equipe pelo grande programa Palavra de Mulher na TV Guaíba, com tantos temas importantes.

Queria dizer que o teu programa trata as questões da mulher com grande sensibilidade, elevado conteúdo, e sempre tratando também das questões importantes da nossa sociedade. Queria dizer que amanhã, no dia do seu aniversário propriamente, Porto Alegre estará realizando uma grande caminhada pela paz, a partir das 18 horas, com saída do Largo Glênio Peres. Sei que tu não poderás estar presente, porque estarás à frente do teu programa, mas, com toda a certeza, estarás como todos nós, de branco, e chamando a atenção do mundo, da Cidade, do Estado, para a importância da paz nesse mundo tão conturbado.

Para finalizar. Não sou poeta como o nosso grande vate Ver. Zé Valdir, mas sou um apreciador da poesia, então selecionei uma poesia e quero te entregar. Chama-se “As mulheres da minha geração”, do poeta chileno Luiz Sepúlveda, que passo às tuas mãos. Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Por todas essas razões, inclusive daqueles que brilhantemente me apartearam na minha fala aqui, eu queria mais uma vez felicitar a TV Guaíba e em particular a apresentadora Marley Soares, por esse espaço que é reconhecido por todos aqui desta Casa como um espaço importante de comunicação, que divulga as atividades da Cidade, que constrói a cidadania na cidade de Porto Alegre. Meus parabéns à TV Guaíba e os meus parabéns em particular à minha amiga Marley Soares. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Minha cara Marley Soares, nossa homenageada de hoje, todos os oradores que falaram disseram alguma das tuas qualidades - tantas eram as qualidades que até infrações pequenas ao Regimento da Casa aconteceram -, mas nenhum deles falou da aura, da magnífica aura que te envolve. E é com essa aura que tu vais agora a nossa tribuna trazer a tua palavra amiga e carinhosa: a Palavra de Mulher.

 

 A SRA. MARLEY SOARES: Boa-tarde! Eu estou muito emocionada e, sem dúvida nenhuma, muito feliz por estar aqui. Por isso mesmo eu agradeço ao meu “padrinho” pela idéia de me homenagear. Saúdo o nosso Presidente desta Casa do Povo, que é o Ver. João Antonio Dib, um grande amigo, sempre conosco. Também quero agradecer ao Ver. Nereu D’Avila pela oportunidade de vir a esta Casa e poder falar. Com certeza, todos os convidados que estão ali, telespectadores, gostariam também de dar a sua palavra. Por isso eu estou muito orgulhosa de estar nesta Casa, cumprimentando todos os senhores, com certeza excelentes comunicadores, com facilidade de expressão, e que trabalham aqui com o poder da palavra quando fazem os Projetos, que também têm a mesma letra “p” de palavra, que saem daqui e que, com certeza, são bastante questionados; e o povo, que também tem a letra “p”, aguarda uma proposta decente, que possa ser cumprida. É tudo isso que a gente, normalmente, no meio da comunicação, faz. Portanto, eu me sinto no meio de colegas, por serem comunicadores todos os que aqui estão, independente dos comunicadores que vivem da sua profissão. Eu me sinto muito honrada, e ouvi atentamente todos aqui: o Dr. Nereu D’Avila; o Cláudio Sebenelo; o meu amigo também, muito bem falante, amável, que ama as mulheres, como ele sempre fala, que é o Cel. Pedro Américo Leal; o Wilton Araújo; o Zé Valdir; o Haroldo de Souza; a querida Margarete, também, que tanto trabalhamos juntas lá no Programa; o meu amigo Elói Guimarães; o Carlos Garcia; o Carlos Pestana e, principalmente, também, a nossa querida demais, sempre trabalhando, Maria Celeste; a Maristela Maffei, que tantas vezes também esteve comigo. Enfim, eu reparo que, aqui neste Parlamento, as mulheres são minoria fisicamente, mas, certamente, devem questionar muito e mexer muito com os homens que aqui estão trabalhando. Eu falo que nasci mulher. Minha mãe está lá, com oitenta e dois anos, e eu tenho muita força de vontade, mas sempre respeitando os homens, pois vocês, homens, nos ensinaram a nos tornarmos mulheres ativas e profissionais. Porque, obviamente, o machista jamais permitiu que a mulher falasse, se elegesse, estivesse nos meios onde os homens estão. Então eu, porque tive um pai “divino”, que já não está mais aqui neste mundo, maravilhoso o meu pai, irmãos... Então eu acho que sou... E hoje tenho dois filhos, também maravilhosos. Tive dois maridos, quer dizer, a coisa funcionou muito bem entre eu e os homens. Então, o meu apreço a todos os homens, e repito que o que sabemos aprendemos com vocês. Vocês primeiramente foram os nossos mestres, nossos professores, nossos médicos, nossos dentistas, psicólogos e depois, nós mulheres começamos a entrar nesse mercado. Ainda existe muita mulher que é feliz por ser “teúda e manteúda”, como se dizia naquela novela. Eu acho que são felizes do seu modo. Eu acho que nós também parimos filhos para educá-los e criá-los, mas, às vezes, as contingências da vida não nos permitem tanto e aí nós partimos para o mercado de trabalho, não como pressão de ter que trabalhar, mas por ter necessidade. Foi o meu caso, que aos doze anos comecei a trabalhar, porque o meu pai era diabético e naquela época, trinta e tantos anos atrás, não havia tratamento específico. Ficando cego, obviamente, ele não teve mais condições de trabalhar para sustentar a família. E nós não tínhamos bens. Então, minha mãe trabalhava, eu trabalhava, meu irmão mais velho, que é Jornalista, o Elias Soares, também trabalhava; só o menorzinho se safou. E acho que foi uma grande escola! A minha faculdade principal é a da vida. Eu não gostaria de voltar nem trinta segundos atrás para ouvir o Ver. Carlos Pestana falando aqui. Então, o que eu quero, na verdade, é agradecer essa homenagem, que não é para mim, é para nossa TV Guaíba, pela credibilidade, pela Diretora altamente profissional e crítica e, como mulher, muito minha amiga.

Então, eu posso dizer que me sinto amparada por uma emissora, que é nossa, que a credibilidade do sistema Rádio e TV Guaíba e Jornal Correio do Povo também me apoiou. Obviamente que eu também prezo e tenho esse segmento da TV Guaíba por berço, por formação familiar.

O meu trabalho é um trabalho bastante simples, é um trabalho que envolve amar as pessoas, respeitar as pessoas, buscando continuamente temas que possam acrescentar alguma coisa à criança, ao adolescente - a minha filha estava ali, tem dezessete anos -, às pessoas que chegam a mais de cem anos, se assim for possível - a minha mãe está com oitenta e dois anos. Eu, verdadeiramente, sou muito feliz, e fiquei mais feliz quando recebi o Título, continuamente agradecendo à sempre Ver.ª Letícia Arruda e à condição que me dá o meu querido Nereu D’Avila, a todos os senhores que aqui estão, obviamente, ao Presidente, ao ser homenageada.

Eu sou uma cidadã de Porto Alegre de alma, de coração, pois estou mais em Porto Alegre do que fiquei na minha terra natal, que é Pelotas. Na verdade, eu vou fazer, dia 21, cinqüenta e nove anos, eu sou de 1944. Então eu estou em Porto Alegre desde 1970. Já me considero uma porto-alegrense, sem perder o carinho, o respeito pela minha cidade natal que é Pelotas. Mas, enfim, está tudo dentro do Rio Grande do Sul e acho que dessa forma estamos mais felizes com a nossa comunicação. Tenham certeza de que somos respeitados fora daqui, nas mesmas condições que hoje sinto, e me orgulha muito dizer que sou uma mulher gaúcha e uma cidadã de Porto Alegre.

Meu muito obrigada a todos os Srs. Vereadores, até breve, e tenham a certeza de que faremos um rodízio para levá-los ao programa, para que dêem a sua palavra para que também possam transmitir, com o talento que têm, a sua palavra de homem às mulheres. Estou pensando num quadro “Palavra de Homem”, mas ainda não o fiz, porque o Glei Soares não quis assumir esse quadro. Não posso fazer o programa “Palavra de Homem”, porque ficaria meio esquisito, até porque em Pelotas não há homens muito “fanáticos”, às vezes; meu filho é, este eu garanto que é sério! Quero agradecer, também, à Ana Cristina Mazzei, que é uma jornalista espetacular, que já está dentro do programa Palavra de Mulher em mais de 50% da idade do programa. Sem ela eu não poderia estar aqui – ela não está presente agora, teve que se retirar para abrir o programa, que é ao vivo. Ela é uma grande jornalista que, provavelmente, assumirá completamente o Palavra de Mulher, e eu, talvez, realizando o sonho de ter um programa de auditório. Estou muito feliz e quero continuar tendo sempre todos esses amigos, lembrando que a Marley Soares existe – Palavra de Mulher! Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Mais uma vez, os nossos cumprimentos a nossa Marley Soares. A Câmara de Vereadores realmente viveu momentos excepcionais de satisfação, de alegria. As mulheres, em geral, têm muito mais energia do que os homens, mas, como acredito na energia das pedras, quero marcar este momento oferecendo à Marley Soares e à Dr.ª Helena Ribeiro uma lembrança da tarde de hoje, que para nós foi muito grata pelo que aqui aconteceu. Quero encerrar agradecendo profundamente a presença da nossa homenageada Marley Soares, a moça do Palavra de Mulher; da Dr.ª Helena Ribeiro, Diretora da TV Guaíba; do Jornalista Glei Soares e da jornalista Ana Cristina Mazzei.

Suspendemos os trabalhos para nos despedirmos da nossa querida homenageada.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h59min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib – às 16h10min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. CASSIÁ CARPES (Requerimento): Sr. Presidente, em acordo com a maioria das Lideranças, solicito a V. Ex.[ que possamos ir diretamente para o período de Comunicação de Líder, deixando para trás, depois dessa belíssima homenagem do Grande Expediente, as Comunicações e a Pauta.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo acordo das Lideranças, passaremos ao período de Comunicação de Líder. Entendo que não haverá o período de Comunicações, bem como o período de Pauta. Depois, entraremos na Ordem do Dia. Pelo posicionamento do Plenário, acredito que o acordo existe e é unânime.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: É um aviso de utilidade pública. Neste sábado, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, coordenada pela Secretaria da Saúde e Vigilância Sanitária, estará promovendo a vacinação contra a gripe para todas as pessoas que possuírem mais de sessenta anos de idade. Estou entregando a V. Ex.ª um folder da Prefeitura Municipal.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Correto, Ver. Aldacir Oliboni. Eu acho importante que a população de mais idade faça essa vacinação, pois as informações sobre o inverno são de que ele será muitíssimo rigoroso, o que faz pensar que muitos casos de gripe ocorrerão.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, todos os que nos assistem em suas casas e pela TV Câmara. Ao atacar o Iraque, ao amanhecer do dia 20 de março, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, contra a vontade manifesta da imensa maioria das nações e povos do Planeta, sem qualquer justificativa plausível, os Estados Unidos rasgaram a Constituição da ONU, a Constituição do Mundo, a Carta da ONU, liquidaram com o papel mediador das Nações Unidas e com o que ainda restava do Direito Internacional. Valendo-se da sua imensa superioridade militar e da evidente debilidade do Iraque – há dez anos submetido a um terrível bloqueio econômico, tecnológico e militar – os EUA massacraram o povo iraquiano e destruíram o seu país. Agora preparam a sua ocupação militar e econômica, para melhor saquear suas riquezas naturais, especialmente o seu petróleo.

É preciso lembrar que o Iraque é o segundo país do planeta em reservas conhecidas de petróleo, com baixíssimo teor de enxofre e com um dos menores custos de extração do mundo. Ao ocupar o Afeganistão, os EUA já haviam assumido o controle da porta de saída de todo o petróleo da Ásia Central. Agora, ao se apossarem do Iraque, passam a ter o domínio quase absoluto do petróleo do Oriente Médio, transformando-se no grande distribuidor mundial de energia, o que lhe dá um enorme poder.

Mas essa guerra não pode ser debitada somente a interesses petrolíferos. É preciso analisá-la no contexto da crise internacional do sistema capitalista globalizado, da luta entre o euro e o dólar pela hegemonia monetária mundial e da necessidade da guerra como saída histórica para as crises imperialistas. Nos dias de hoje – de hegemonia absoluta da superpotência norte-americana – essa agressão expressa o propósito explícito dos EUA de perpetuarem o seu domínio planetário, através dos séculos. Trata-se de uma guerra de claro caráter imperialista, parte de um plano expansionista de domínio mundial.

Essa agressão brutal acabou com o sistema de segurança e convivência internacional – criado no pós II Guerra Mundial – e abriu uma nova fase das relações entre as nações, baseada não mais no multilateralismo e na negociação diplomática e sim na força bruta. Valores como “soberania nacional”, “autodeterminação dos povos”, “direitos das nações”, foram jogados no lixo da História. O velho e arrogante “imperialismo das canhoneiras” foi suplantado pelo ainda mais prepotente “imperialismo dos mísseis e bombas nucleares”.

Ao mesmo tempo que justificam o seu covarde ataque ao povo iraquiano com a acusação – nunca comprovada – de que o Iraque possuiria um poderoso armamento, capaz de ameaçar a humanidade, são exatamente eles quem mantêm os maiores arsenais de armas de destruição em massa, dez mil ogivas atômicas e os maiores arsenais de armas químicas e biológicas; possuem bases militares em mais de setenta países e têm o maior orçamento militar do mundo: 400 bilhões de dólares, dez vezes mais do que qualquer outra nação, e o que é pior, negam-se a assumir qualquer compromisso no sentido de nunca mais usar armas nucleares contra os países que não possuem armas atômicas.

Equivocam-se os que pensam que essa guerra se encerra com a derrota militar do Iraque. Ao contrário, essa agressão ao povo iraquiano é só o prólogo de uma série de outras agressões contra os novos “donos do mundo” que se arrogam o direito de classificar como o “eixo do mal”: Irã, Coréia do Norte, Cuba, Líbia, etc. Quem será a próxima vítima da agressiva doutrina militar do imperialismo norte-americano de guerra infinita, guerra sem limites e guerra preventiva. Hoje, o alvo é o Iraque; amanhã, poderá ser a Amazônia. Hoje, o objetivo é o controle do petróleo e das fontes de energia; amanhã, poderá ser o controle da água potável e da biodiversidade.

Por tudo isso, a bandeira da paz é uma bandeira da humanidade, uma bandeira da sobrevivência dos povos. Por isso, amanhã todos esperamos estar na grande Caminhada pela Paz de Porto Alegre, às 18h, no Largo Glênio Peres, com conclusão no largo Zumbi dos Palmares. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, senhoras e senhores que estão nas galerias e também os que nos acompanham pela TV Câmara, eu saúdo a todos.

No meu primeiro mandato, nos anos 90, quando era o Diretor - e que por sinal ficou até há pouco tempo como Diretor do DMLU -, o Ver. Darci Campani, fizemos visitas no lixão da Zona Norte. Eu fiz um Projeto de Lei, e essa idéia de montar esse Projeto de Lei surgiu lá no próprio lixão. Nós tivemos oportunidade de, em várias dessas visitas, constatar a grande quantidade de medicamentos que são colocados fora, são colocados no lixo durante o dia. Então, nós montamos um Projeto de Lei, naquela época, o PLL n.º 141/90, que, depois de uma ampla discussão nesta Casa, foi votado pela unanimidade dos Srs. Vereadores da época e foi sancionado pelo Prefeito Olívio Dutra. Hoje o Projeto é a Lei n.º 7.075, sancionada pelo Prefeito em 1992. Do que trata o Projeto? O Projeto é para que sejam reaproveitados os medicamentos que são colocados no lixo. O reaproveitamento se dará de diversas maneiras. Pode ser que, por infelicidade, o doente venha a falecer ou, por felicidade, o doente melhore, e esses medicamentos, por não serem mais utilizados, serão colocados no lixo. Então, as pessoas que têm medicamento sobrando, que façam um comunicado à Secretaria de Saúde do Município ou até do Estado, para que a Secretaria receba esses medicamentos, verificando, também, a validade dos mesmos.

O Projeto existe, foi votado, mas está engavetado.

Vejo, aqui, no jornal Zero Hora, do dia 5 deste mês: (Lê.) “Morador tira remédios do lixo.” E, como diz a matéria, foi lá um carroceiro e despejou três caixas de grande porte em um contêiner que estava na calçada, na esquina das Ruas Senador Salgado Filho com a Dr. Flores. Diversas pessoas pegaram os medicamentos e levaram para suas casas. Se existe um Projeto que foi discutido, aprovado e sancionado pelo Prefeito da época, Olívio Dutra, o que está faltando? Falta a Secretaria da Saúde colocar cartazes em postos, matérias em jornais para que as pessoas não coloquem medicamentos no lixo, e vamos aproveitar o medicamento para amenizar o sofrimento de pessoas e salvar vida.

O Projeto está aí, mas, infelizmente, com tristeza digo para o telespectador da TV Câmara, do Canal 16, está na gaveta. Ninguém sabe que existe o Projeto e os medicamentos continuam sendo colocados na lata do lixo.

Hoje, o Brasil inteiro está envolvido no projeto Fome Zero, e sinceramente torço para que dê certo. Todos nós vamos torcer para que dê certo, mas fico com o pé atrás, porque se o Governo tiver gente competente, entidades idôneas, pessoas que façam um trabalho sério, eu acredito no Projeto, caso contrário, vai ser mais um desses projetos em que muita gente vai-se beneficiar e as pessoas que necessitam serão as menos beneficiadas.

Portanto, já encerro, minha Presidenta, Ver.ª Maria Celeste, o que tem de ser feito? Primeiramente, reaproveitar, Ver. Wilton Araújo, o que é colocado no lixo. Nós temos informações, aqui, hoje - informação de pesquisas feitas, não é este Vereador quem está dizendo, por órgão competentes -, que, em média, 30% dos hortifrutigranjeiros são colocados no lixo, 30%!

Por aí, Vereadores, já começa esse movimento do Governo no programa Fome Zero: vamos reaproveitar o que hoje é colocado na lata do lixo.

Para encerrar, Sr.ª Presidenta, o Chile é um dos maiores exportadores de frutas do mundo, V. Ex.ªs sabem qual é a perda do Chile hoje? A perda do Chile é 1,8%. O Governo está junto, o Governo controla e o Governo assume a responsabilidade do excesso de produção.

Nós aguardamos e torcemos que o nosso Governo siga essa linha para amenizar o sofrimento do povo e incentivar a nossa produção, a nossa agricultura. Muito obrigado, Sr.ª Presidenta.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr.ª Presidenta, Ver.ª Maria Celeste, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, o assunto que traz o PPS à tribuna em tempo de Comunicação de Líder do Partido é um assunto que diz respeito à comunidade do Bairro Santo Antônio, mais precisamente uma obra que está a se realizar nas esquinas das Ruas Caldre Fião e Tijuca. Obra essa que, iniciada com celeridade, descumpre em princípio uma elementar obrigação daqueles que contratam com a Prefeitura: colocar placa que identifique e diga para o que será aquela obra e para que servirá. Mas nós identificamos, a comunidade identificou, mobilizou-se e chegou-se à conclusão de que a falta da placa não é uma coisa ao acaso, a falta da placa é exatamente para esconder a finalidade do prédio que está a FASC a construir, que é uma casa de acolhimento para menores até quatorze anos. O estranho de tudo isso é que todas as instâncias de participação daquela comunidade, que eu não sei dizer nem todas as siglas criadas para participar pelo Governo Municipal, eu sei que tem “crabs”, “crobs”, “fraps”, enfim é uma linguagem a que não estamos muito acostumados Ver. João Bosco Vaz, não estamos acostumados, porque exatamente essa linguagem é que o povo de Porto Alegre é obrigado a percorrer para participar, teoricamente, daquilo que seria de direito para a sua comunidade. Então, ele entra no Orçamento Participativo, vai no “crabs”, acaba num “fraps” e... Mas todas essas siglas não têm conhecimento dessa casa de acolhimento, a comunidade não sabe e não quer, por quê? Porque toda a reivindicação, ou, como querem, as demandas da região, foram impelidas pela comunidade para que se construísse ali uma creche, necessidade de construção de uma creche. Percorreu-se todos os canais, todas essas siglas e, surpresa para a comunidade, apareceu uma casa de acolhimento da FASC. Sabe-se que há necessidade de casas de acolhimento na Cidade, em outro lugar, obviamente. Agora, sabe-se também e é alardeado a todos os quatro ventos que a comunidade participa de todas as decisões e que dela deve sair... Aqui na Casa, por exemplo, qualquer coisa que se queira tem de ir para o Orçamento Participativo. Ora, que enganação! Não se coloca sequer a placa na casa de acolhimento, é uma obra fantasma, é uma obra que não se sabe para quê, por quê.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

Vejam, então, senhores, que existe um enorme cabedal de obstáculos, vou dizer assim, não vou dizer de estágios de participação, porque, nesse caso, ninguém participou; aqueles que participaram pediram uma creche para o Bairro Santo Antônio, na Rua Caldre e Fião, esquina Tijuca. Todo o mundo queria creche, saiu em todos os “frop”, “crobs” e “crabs”, enfim, em todo esse monte de siglas, saiu a creche, mas, na hora de fazer a obra, sem perguntar para ninguém, acabou em uma casa de acolhimento. Infelizmente, trago à tribuna isso: a FASC, embora tenha recebido a comunidade, colocou-se inflexível na possibilidade de troca de utilização total e sequer parcial do prédio em construção. Nesse sentido, então, a comunidade está-se organizando e vai protestar, exigindo aquilo que foi conquistado, entre aspas, por ela nas suas várias instâncias de participação popular. Por isso, Srs. Vereadores, trago essa inconformidade. Certamente esta Casa vai apoiar esse movimento que se levanta ali para impedir ou para trocar ou para conciliar a utilização dessa casa de acolhimento, que ninguém quer naquele terreno, e para garantir a construção de uma creche, uma necessidade da comunidade.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr.ª Presidenta, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, mais uma vez, trazem-nos à tribuna fatos lamentáveis, corriqueiros, porque temos um Executivo que desrespeita a cidadania na cidade de Porto Alegre. Àqueles que dizem que é a “cidade da cidadania”, quero dizer que, sim, é a cidade da cidadania, porque temos pessoas que exercem a cidadania, mas há um Executivo que as persegue, que as atropela. Mais um vez constatamos esse total desrespeito.

Já trouxe aqui dados, por exemplo, de que se cortam e se podam árvores muito mais do que se plantam. Isso está provado. E a legislação não é respeitada quando essas árvores estão para ser podadas ou cortadas, porque, no que se refere à legislação - é bom que os telespectadores saibam -, em Porto Alegre, a regra é de que todas as árvores são de preservação permanente, não podem ser cortadas, nem podadas. Excepcionalmente isso pode ocorrer por meio de um laudo, por meio de um estudo aprofundado, técnico, que contemple a fauna, o ecossistema como um todo. Pois as árvores estão sendo cortadas e podadas sem um laudo e sem esse estudo do ecossistema que a árvore compõe. A Prefeitura trata as árvores como se fossem “orelhões”, como se fossem postes de luz, mas são seres vivos, indispensáveis para a qualidade de vida do cidadão porto-alegrense, que, historicamente, sempre lutou para preservá-las, porque essa cidadania é que as plantou. Pois, mais uma vez, hoje, no Bairro Assunção, Av. Guaíba, fomos chamados, às 8h da manhã, porque uma guapuruvu, uma árvore da mata Atlântica, estava sendo cortada. A SMAM já havia autorizado o corte dessa árvore. Vejam que coisa dantesca. O proprietário que pediu a retirada da árvore é o proprietário que está ao lado do terreno onde se encontra a árvore, e a árvore se encontra na calçada. Portanto, a árvore, por si só, é um bem público, ainda mais em uma calçada. Pois esse bem público não está sendo zelado pelo Poder Público, que tem a obrigação constitucional e legal de zelar por este patrimônio público. Pois fomos lá. Fizemos contato com o Secretário Municipal do Meio Ambiente às 8h30min da manhã. Às oito horas, meia hora antes, a árvore estava sendo cortada. Pois a SMAM chegou somente quinze para o meio-dia. Não estava lá. Autorizou o corte e, na hora de estar lá, como a Lei determina... Porque a Lei exige o acompanhamento de um técnico responsável na poda ou no corte de árvore e a presença da SMAM, pois nem a SMAM nem o técnico responsável estavam lá na hora, omitindo-se, desrespeitando a Lei mais uma vez.

Mais, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores: isso se deu por intermédio de processo judicial, de um acordo entre a Procuradoria do Município e o proprietário. E a Procuradoria do Município, que deveria ter lutado em juízo para preservar este bem público, fez um acordo para derrubar este bem público. Isso é inadmissível e esta Câmara não pode permitir que um bem público seja dizimado pelo próprio Poder que deve zelar por ele. Jamais! E conseguiram suspender o corte da árvore. Estávamos lá e conseguimos suspendê-lo.

Estamos tentando, agora em juízo, mostrar o vício em que o próprio acordo foi feito. O acordo não foi homologado e mesmo assim a SMAM já havia dado a licença para o corte. E o Ministério Público, portanto, não se pronunciou, porque houve o acordo sem a homologação, mas já estavam lá cortando a árvore, como se a árvore fosse um “orelhão”, um poste de luz, que pode muito bem ser refeito, reconduzido.

Sabem qual é o acordo da Procuradoria do Município? O plantio de vinte e cinco mudas. Vinte e cinco mudas não repõem uma árvore de mais de quarenta anos, que faz parte de um bem público do Bairro Assunção. Todos os moradores estavam lá para impedir, e por enquanto impedimos aquele crime ecológico mais uma vez permitido pela Prefeitura de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Ver.ª Maria Celeste, presidindo os trabalhos, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, estou novamente nesta tribuna e, como disse outro dia, vou insistir neste tema até para trazer maiores informações aos senhores. Tenho falado com vários Vereadores e muitos são a favor do cercamento da Redenção, outros não têm opinião formada, e alguns são contra. Quem sabe se, trazendo as informações devidas, vamos orientando, ajudando em relação a este tema. Eu insisto neste tema, e por algum tempo vou bater neste assunto.

Nós estamos fazendo uma exaustiva pesquisa para ter a certeza de que o rumo em que estamos indo é certo, se devemos continuar ou retroceder, ou fazer o que já foi feito no passado; um Projeto de Lei que foi retirado, não chegou a ir à votação, pela informação que recebi – eu não era Vereador na época, quando o Ver. Nereu D’Avila apresentou esse Projeto de Lei sobre o cercamento da Redenção. Estou falando com todos os segmentos da sociedade. Fizemos um contato bem recentemente com o Tenente-Coronel Dalmo, Comandante do RPMON – Regimento de Polícia Montada -, conversei com ele, agora, há dez minutos, por telefone, e já tínhamos conversado no Fórum da Liberdade, e com o Tenente-Coronel Cunha, Comandante do 9.º Batalhão do Polícia Militar. É incrível, estou estarrecido com o número expressivo de pessoas influentes, de pessoas de bem que são a favor do cercamento da Redenção. É muita gente! O que tenho constatado, na pesquisa que faço, é que quem não é muito a favor do cercamento da Redenção ou não tem conhecimento, está desinformado, não tem o conhecimento devido... E há uma outra parcela de pessoas que têm um interesse no não-cercamento, que são os marginais. Eu constatei na pesquisa que estou fazendo que os maus elementos não só quebram as lâmpadas, como quebram também o globo que dá a sustentação e proteção às lâmpadas; e mais do que isso: eles arrancam a fiação para ter certeza de que a energia elétrica não irá até o poste. Como se isso não bastasse, para ter certeza que não vão emendar os fios e vão trazer a energia até o poste, muitos postes são quebrados para terem certeza que esses não têm lâmpada, não têm globo, não têm fio, enfim, aí não há poste.

Quem tem interesse nesse tipo de ação? Pessoas de bem? Pessoas que vão à Redenção para passear? Que vão fazer o seu relax ? Que vão com o seu filho? Vão me tirar para bobo no sentido de que quem tem interesse nesse tipo de ação são pessoas de bem?! Eu não preciso de muito argumento para ser convencido de que o Parque... Eu não entendo, porque os principais parques do Brasil são bem administrados, eu conheço vários parques. Este Vereador está dizendo isto não para alguém, de repente, pensar que ele está-se achando importante, viajado, e que é o bom, negativo, mas eu conheço muitos parques na Europa, nos Estados Unidos, onde já estive, e no Brasil. Vários desses parques são cercados, são bem administrados. Tenho falado, por exemplo, no Ibirapuera, um parque que freqüentei muito, porque morei cinco anos e meio bem próximo ao Ibirapuera.

Então eu não entendo por que a dificuldade de alguns Vereadores se engajarem em algo que é contra a violência, que é contra a prostituição, que é contra a higiene! O Ver. Beto Moesch falou aqui sobre a poda das árvores. Para que eles possam melhorar um pouco embaixo das árvores, eles têm de amputar muitas vezes as árvores para poderem ter um pouco mais de visibilidade no Parque da Redenção, pela escuridão, pelos postes que são derrubados, pelas lâmpadas que são quebradas. Se houvesse um bom cercamento, as árvores poderiam se desenvolver e ter uma poda equilibrada sem fazer uma amputação nas árvores, sem considerar outros aspectos que nós iremos mencionando ao longo do tempo, porque eu tenho tempo, eu tenho muito tempo. Todas as vezes que eu vier aqui, vou bater nesse assunto.

Eu espero que, à medida que formos trazendo mais conhecimento sobre o Parque da Redenção, possamos ter mais adeptos a essa luta, que é uma luta contra a violência, contra a prostituição e contra as drogas. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para uma Comunicação e Líder.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr.ª Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, a Liderança da Bancada do Partido acaba tendo prejuízo de ser uma Liderança para responder, muitas vezes, a várias intervenções dos Vereadores, o que prejudica a resposta a algum Vereador em particular. Mas eu vou priorizar as temáticas que eu entendo que foram destacadas aqui.

Em primeiro lugar, dialogando com o Ver. Beto Moesch, gostaria de dizer que o Vereador pega uma situação pontual, que deve ser tratada, e generaliza para tratar da questão da cidadania e da qualidade de vida desta Cidade. Esta Cidade é reconhecida – e tem prêmios por isso – por ser uma Cidade com uma qualidade de arborização incrível. E o Vereador minimiza isso e traz um fato isolado, de um Guapuruvu, e o torna a imagem negativa da cidade de Porto Alegre, desqualificando um conjunto de ganhos na área ambiental que esta Cidade teve.

E o Vereador se esquece que o seu Partido - portanto, V. Ex.ª junto - governou São Paulo por um período e acabou com o meio ambiente em São Paulo! Dizimou áreas de preservação em São Paulo!

Então, é bom poder estar dialogando, e esta Casa é boa na democracia, para podermos comparar o que é o debate, Ver. Isaac Ainhorn, e o que é a prática. Vem aqui em cima e fala em democracia, em preservação do meio ambiente, mas o seu Partido, no Governo, acabou com áreas de preservação natural em São Paulo! E em democracia nem se fala lá, porque, naquele período do Governo Maluf, muito longe estava de qualquer espaço democrático estar funcionando!

Gostaria, também, de poder estar dialogando, de forma fraterna, com o Ver. Wilton Araújo, que trouxe um debate aqui, que é muito caro para a sociedade, que é o da proteção às nossas crianças e adolescentes, em especial, às nossas crianças e traz, pelo viés – entendo eu, Vereador – atravessado. Por quê? Porque o mais comum na sociedade, Vereador, é o preconceito, e o preconceito muito forte à política de proteção à criança e ao adolescente. E, no caso, a matéria que o Vereador trouxe à tribuna é uma matéria polêmica, porque a instalação de um abrigo de proteção à criança, em qualquer lugar da Cidade, gera polêmica. Mas, quando se debate com a sociedade qual é o objetivo, as coisas mudam. O que está colocado em relação a esse projeto, um projeto que já custa, já vem sendo debatido há dois anos na cidade de Porto Alegre, para a construção de um abrigo com financiamento do Banco Nacional, do BNDES. Portanto, ele já passou por Conselho da Criança e do Adolescente, já passou pelo Conselho Regional de Assistência, Conselho Municipal de Assistência, porque essa construção, esse projeto, Ver. Pedro Américo Leal, não é algo de dois, três meses, é um financiamento de dois anos atrás, é um processo que se arrasta, teve várias indicações de locais, etc.

Então, é um processo em que a sociedade porto-alegrense vem participando há muito tempo. Há diferença, há pessoas que pensam de uma forma, há pessoas que pensam de outra; agora, a essência deste debate é o preconceito. É não querer ter no seu bairro, na sua comunidade, uma casa que vai atender meninos de rua. Aí está colocado um outro debate, Ver. Pedro Américo Leal, que é o discurso fácil. Vem-se à tribuna e se faz cobrança: “Onde está o atendimento às nossas crianças e adolescentes de rua?” Está aqui, em um abrigo financiado pelo BNDES, que vai ter que ser construído em alguma comunidade. Escolheu-se um terreno público, onde já funcionava outro serviço público, uma escola. É um projeto antigo, que agora teve o financiamento, teve a sua obra aprovada, vai ser encaminhada, e levanta-se um movimento contrário a essa obra. Precisamos dialogar com esse movimento para explicar que não vai ser construído um presídio, e seria a polêmica maior - e o Ver. Pedro Américo Leal sabe disso - se tivéssemos de construir um outro presídio em Porto Alegre.

Todas essas questões sociais que tratam dos excluídos da sociedade são polêmicas. Agora, esta Casa que luta contra o preconceito, que luta pela democracia, não pode encaminhar o assunto, direcionar o assunto conservando o preconceito. Nós temos que ajudar a desconstituir o preconceito.

O Vereador que trouxe à tribuna foi ouvido, sim, foi atendido na FASC, pela sua Presidenta, foi explicado todo o processo: que é uma casa, é um abrigo para atender crianças de rua, que não traz nenhum perigo à sociedade; que é um ganho para sociedade nós termos um serviços desses lá; que a sociedade está ganhando com isso. Isso foi explicado.

E eu gostaria, para finalizar, de poder também fazer uma citação aqui de uma polêmica, Ver. Pedro Américo Leal, muito grande, que é a seguinte: está sobrando dinheiro no caixa do Governo Estadual, do Governo Rigotto: 139 milhões. Está sobrando dinheiro! Mas, em contrapartida, o combate à pobreza, 36 milhões, nada foi gasto; “Primeiro Emprego”, 18 milhões, nada foi gasto! “Família Cidadã”, um projeto para dez mil famílias, no Rio Grande do Sul, nada foi gasto. Gostaria de fazer esta referência: sobra dinheiro no caixa e falta dinheiro para programas sociais. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. DR. GOULART (Requerimento): Sr. Presidente, uma informação importante: frustrados, novamente, os interesses dos doentes da Cidade. Falha, fracassa, mais uma vez, o entendimento entre o Secretário de Saúde, o Prefeito e as lideranças médicas.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): É uma informação trazida à Casa, não foi comentada, mas ...

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Mas é uma informação incompleta. A mesa de negociação está instalada e há a vontade, de parte do Executivo, de negociação.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu ouvi as duas partes. Não vamos discutir, porque não está em pauta a matéria.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é óbvio que assomo à tribuna ainda sob o impacto desta informação que o Ver. Dr. Goulart traz ao conhecimento da Casa a respeito de mais uma frustração na busca do entendimento capaz de restaurar a esperança e vencer a intolerância na cidade de Porto Alegre no que diz respeito à classe médica que, evidentemente, diz respeito à população mais sofrida de nossa Cidade, que é aquela que é carente do atendimento do Serviço Único de Saúde, que é um direito constitucional assegurado aos brasileiros em geral e que, aqui em Porto Alegre, deve ser executado por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, gestora plena do SUS, na Capital do Estado.

Mas, hoje, Sr. Presidente, eu recebo - e consta no Expediente - respostas a alguns pedidos de informação que, de longa data, foram por nós formulados. Alguns deles formulados no início deste ano, mais precisamente nos meses de janeiro e fevereiro, passados setenta e cinco ou noventa dias, agora vem a correspondente resposta por parte do Executivo Municipal. Versam sobre dois assuntos com que tenho me ocupado aqui da tribuna. Um deles é o cinema Capitólio, muito presente nas preocupações de quantos habitam o perímetro central de Porto Alegre e a Cidade Baixa. Bem que observo a absoluta inércia com relação às programações ali há muito tempo anunciadas e que não vêm sendo executadas. Aliás, nesse sentido, questionamos o Município sobre os recursos orçamentários consignados na Secretaria de Obras e Viação para reforma do Cinema Capitólio no exercício de 2002, que eram no montante de 500 mil reais. E perguntamos quanto, efetivamente, foi utilizado durante o exercício de 2002. Na resposta que nos vem, informam-nos que, no ano de 2001, foi executada a substituição da cobertura e o escoramento do prédio no valor de 78 mil, 870 reais, e que a contratação da primeira etapa da restauração e reforma do cine Capitólio, que compreende a execução de drenagem, da subestação, demolições e limpeza encontram-se em 31 de março em processo de licitação, sendo que o valor contratado é de 266 mil, 997 reais e 29 centavos. Isso nos permite concluir que, no ano de 2002, não foi contratado nenhum serviço, não foi realizada nenhuma obra, e isso não nos surpreende, porque quase que diariamente vemos aquele prédio, hoje, integrante do patrimônio público municipal, e observamos a absoluta inércia com relação a sua restauração.

Então, Sr. Presidente, eu que tenho a cautela de só falar em cima de dados oficiais, preciso mostrar o meu estarrecimento diante dessas situações. Dos 500 mil previstos no Orçamento para que a obra fosse implementada no ano de 2002, não gastaram nada. Neste ano, há nova previsão orçamentária, disseram-nos, em 31 de março, que estão em processo de licitação ou contratação alguns serviços que montarão...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu gostaria de suspender o tempo de V. Ex.ª para saudar, em nome da Casa, o Dr. Cezar Alvarez, que é o Subsecretário-Geral da Secretaria-Geral da Presidência da República, e, como gaúcho e porto-alegrense que nos visita. (Palmas.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Feita a saudação, eu retomo dizendo que informações oficiais, que colhemos em 2002, vindas da própria Prefeitura Municipal, indicam-nos que a obra de restauração do Cinema Capitólio necessitaria de, no mínimo, 1 milhão e 700 mil reais. Agora, vem a informação de que, no ano de 2001, gastou-se 80 mil reais para fazer alguns serviços, e que, no ano de 2002, não se gastou nada, e que, no ano de 2003, pretende-se gastar 250 mil, e que o resto, como a eficiente Secretaria de Cultura conseguiu incluir o cine Capitólio na Lei de Incentivo à Cultura, é possível captar-se recursos agora para aplicar nessa tarefa, que já teve, ao longo desse tempo, recursos orçamentários suficientes para a sua realização, se não integrais, pelo menos quase que totais, mas que só não o foi porque não se aplicaram esses recursos orçamentários, que ano a ano são colocados aqui no Orçamento do Município.

Na prestação de contas não fica claro se foram utilizados ou não os recursos. Agora, na resposta desse pedido de informação fica claro que, no ano de 2002, não se gastou um centavo sequer na restauração do Cinema Capitólio. O risco permanece e, mais do que permanecer, aumenta.

Esperamos que, ao menos esse anúncio que nos fazem agora, da aplicação de 266 mil reais para a execução da drenagem da subestação de demolição e limpeza, que se encontra em processo de licitação, esses recursos sejam aplicados ao longo desse exercício, atenuando, dessa forma, a grave situação em que se encontra aquele patrimônio cultural da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. CASSIÁ CARPES (Requerimento): Sr. Presidente, em acordo com as demais Lideranças, requeiro a alteração da Ordem do Dia, para que nós possamos apreciar o PLL n.º 212/02, com Veto Total em primeiro lugar, conforme entendimento com as outras Bancadas.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3333/02 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 212/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que altera dispositivo da Lei n.º 4.629, de 23 de novembro de 1979, e alterações posteriores, que dispõe sobre a concessão de reajustes tarifários para os serviços de táxis e táxis-lotação.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela rejeição do Veto Total;

- da CEFOR. Relator Ver. Darci Campani: pela manutenção do Veto Total;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela manutenção do Veto Total;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela rejeição do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4.º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 18-03 (terça-feira).

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 212/02, com Veto Total. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, sobre este Veto do Sr. Prefeito ao Projeto de autoria deste Vereador, solicito aos companheiros e companheiras do Plenário que mantenham este Veto, porque houve um erro de redação, e, como este Projeto foi apresentado no ano passado, já protocolei um novo Projeto com o mesmo assunto neste ano; portanto, solicito aos Vereadores e Vereadoras que este Veto seja mantido.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Ver. João Bosco Vaz, é correta a atitude de V. Ex.ª, e eu coloco em votação - já estava. Face à colocação do Vereador, eu acho que não deva haver encaminhamentos, mas, obrigatoriamente, eu tenho de colher os votos nominalmente. “Sim” aprova o Projeto, que não é o que pede o Vereador-Autor, e “não”, rejeita o Projeto. Então eu creio que os Vereadores votando “não” resolvem o problema, e ficaremos com dois Vetos para serem votados.

Em votação nominal o PLL n.º 212/02. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 18 votos NÃO, 01 ABSTENÇÃO, considerando-se mantido o Veto a ele aposto.

Não havendo quórum, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h03min.)

 

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